Setor aguarda decisão da SEC para ampliar acesso a Solana, XRP e Litecoin
O mercado de criptomoedas avança com velocidade no setor financeiro, especialmente por meio de fundos de índices (ETFs). Após o sucesso dos ETFs de Bitcoin e Ethereum, aprovados pela Securities and Exchange Commission (SEC) em 2024, a indústria agora pressiona pela liberação de fundos relacionados a altcoins como Solana, XRP e Litecoin. Segundo estimativas do J.P. Morgan, caso os ETFs de altcoins sejam aprovados, eles podem movimentar até US$ 14 bilhões em ativos.
O potencial de captação dos novos fundos foi calculado com base no desempenho recente dos ETFs de Bitcoin, que já acumulam US$ 108 bilhões, representando 6% da capitalização de mercado em apenas um ano. Os ETFs de Ethereum, por sua vez, captaram cerca de US$ 12 bilhões em seis meses. Projeções indicam que ETFs de Solana podem atrair entre US$ 3 bilhões e US$ 6 bilhões no primeiro ano, enquanto os de XRP têm potencial de levantar entre US$ 4 bilhões e US$ 8 bilhões no mesmo período.
Apesar do entusiasmo, analistas apontam que a decisão da SEC sobre os ETFs de altcoins pode enfrentar atrasos. O órgão regulador mantém incertezas quanto à demanda do mercado por esses produtos e seus possíveis impactos. Essa hesitação pode ser influenciada pelas transições políticas nos Estados Unidos, incluindo a chegada do presidente Donald Trump, que tem demonstrado maior abertura em relação às criptomoedas.
A indicação de Paul Atkins para substituir Gary Gensler como chefe da SEC, junto com a criação de um novo cargo focado em inteligência artificial e criptoativos, pode favorecer a aprovação de novos ETFs em 2025. Especialistas acreditam que a mudança de gestão acelere a regulamentação do mercado, tema amplamente discutido ao longo do mandato anterior de Joe Biden.
Ainda assim, o J.P. Morgan prevê que o Bitcoin continue sendo a principal escolha dos investidores, mesmo com o possível lançamento de novos fundos. No entanto, Solana e XRP também apresentam forte atratividade, consolidando seu espaço no mercado de capitais caso recebam o aval regulatório.