Compartilhe com sua comunidades

Google adota protocolo da Anthropic e alinha Gemini à nova era da conectividade em IA

Modelo MCP se consolida como padrão técnico para integração entre dados e aplicações

A Google anunciou a adoção do Model Context Protocol (MCP), criado pela Anthropic, como parte da infraestrutura técnica de seus modelos Gemini e SDKs. O protocolo permite que inteligências artificiais se conectem diretamente a sistemas onde os dados são armazenados, estabelecendo uma camada de interoperabilidade entre agentes de IA e fontes empresariais, repositórios de conteúdo e ambientes de desenvolvimento.

A iniciativa foi confirmada por Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind, por meio de comunicado publicado na rede X. Segundo o executivo, o MCP está se consolidando como padrão aberto para o que descreveu como “era agentic” da inteligência artificial, em referência a agentes autônomos capazes de executar tarefas com base em dados distribuídos em diferentes plataformas. A empresa não informou uma data exata para a implementação total do protocolo em seus sistemas.

O avanço ocorre poucas semanas após a OpenAI declarar que também adotaria o MCP em seus modelos, fortalecendo o posicionamento do protocolo como base técnica comum entre os principais players do setor. A proposta central do MCP é permitir que modelos de linguagem acessem, processem e utilizem dados em tempo real, por meio de uma arquitetura que conecta servidores e clientes em fluxos bidirecionais.

No modelo proposto, desenvolvedores podem expor dados via servidores MCP e criar clientes — como aplicativos, chatbots e fluxos automatizados — que se conectam a esses servidores sob demanda. A comunicação permite que agentes de IA operem de forma contextual, com acesso direto a informações corporativas, documentos e estruturas internas de software.

Desde a abertura do protocolo por parte da Anthropic, empresas como Block, Apollo, Replit, Codeium e Sourcegraph já integraram suporte ao MCP em suas plataformas. A expansão do ecossistema reforça o movimento em direção à padronização das interfaces entre modelos de IA e sistemas corporativos, permitindo maior escalabilidade e flexibilidade na aplicação de soluções baseadas em IA generativa.

O mercado global de inteligência artificial corporativa foi estimado em US$ 136 bilhões em 2023 e deve ultrapassar US$ 1 trilhão até 2032, segundo projeções da Precedence Research. A adoção de protocolos interoperáveis representa um passo relevante na maturação do setor, principalmente à medida que as empresas buscam formas de transformar ativos de dados em funcionalidades operacionais por meio de sistemas inteligentes.

Com a adesão da Google, o MCP passa a contar com suporte das três principais organizações que lideram o desenvolvimento de grandes modelos de linguagem. A interoperabilidade promovida pelo protocolo pode acelerar o ritmo de inovação e abrir caminho para uma nova geração de ferramentas corporativas baseadas em IA, com maior integração entre processos e capacidade de resposta em tempo real.

Gustavo Fleming Martins

Informação valiosa, 
no tempo certo

Assine nossa newsletter

Anúncio

Falar sobre dinheiro pode soar frio, mas quando olhamos para o trabalho da Forbes entendemos que a fortuna é apenas a superfície de histórias muito maiores. A nova edição da...
Na noite do lançamento da SP2B, em São Paulo, 240 pessoas se reuniram no SP Hall. O clima era de expectativa, como quem assiste ao nascer de uma estrela. De...
O e-commerce no Brasil não é um ringue de dois. É uma corrida com pelotão denso e pista longa. O Mercado Livre lidera com 13% de participação. A Shopee vem...
Jensen Huang não é qualquer figurinha carimbada do Vale do Silício. Ele é o fundador e CEO da NVIDIA, a empresa que abastece o motor da inteligência artificial moderna. Suas...
A Volkswagen do Brasil está ampliando sua aposta na produção nacional como pilar de competitividade, inovação e geração de valor. Com investimento de R$ 20 bilhões programado para a América...
A Nvidia, empresa que lidera globalmente o fornecimento de chips para inteligência artificial, está no centro de uma disputa geopolítica que combina sanções comerciais, restrições tecnológicas e acusações de segurança...