Entre 2022 e 2024, a Caixa Seguridade duplicou sua base de investidores institucionais, saltando de 1.378 para 2.776. O movimento foi resultado de uma estratégia focada em aproximação com o mercado de capitais, intensificação da presença em eventos e reuniões individuais com analistas e gestores. O número de interações com investidores alcançou 327 em 2023, sendo 129 reuniões formais e 198 conversas informais, além da presença em 26 eventos do setor, mais que o dobro em relação a 2022.
A companhia realizou um follow-on no final de março e movimentou R$ 1,2 bilhão em uma oferta secundária, ampliando o volume de ações em circulação para atender exigências do Novo Mercado. O papel da empresa (CXSE3), que estreou na B3 em 2021 a R$ 9,67, chegou a R$ 15,80 em abril de 2025. O valor mais que dobrou desde o patamar de R$ 6,97 registrado pouco antes da posse do atual presidente, Felipe Mattos, em março de 2023. A valorização acumulada no ano é de 8,18%.
O volume médio diário negociado saltou de R$ 20 milhões em 2022 para mais de R$ 100 milhões em 2025, após a contratação do Credit Suisse como formador de mercado. A ação foi incluída no IBrX 100 em outubro de 2023 e passou a integrar o Ibovespa em setembro de 2024.
Entre os novos investidores estão gestoras como Petros, Trigono Capital, Real Investor, Morgan Stanley e fundos internacionais, incluindo o governo da Suécia. A cobertura de analistas passou de cinco para 14 instituições desde o IPO, das quais 11 recomendam compra e três mantêm posição neutra. O preço-alvo da ação varia entre R$ 15 e R$ 21, com destaque para o BTG Pactual, que revisou a recomendação de neutra para compra e projeta valorização potencial de 26% e retorno total de 35% com dividendos até o fim de 2025.
Com um modelo de negócios baseado em vendas operacionais, a companhia registra 70% de seu resultado na ponta comercial, enquanto 30% vêm da gestão financeira, o que a diferencia de seguradoras estrangeiras. Atualmente, a empresa está avaliada em R$ 48,8 bilhões.