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Capital inteligente em estágio inicial atrai atenção de investidores com novo fundo de R$ 40 milhões

Em meio à retração global dos aportes em venture capital, a Entrypoint surge com uma proposta pragmática para o ecossistema de startups no Brasil. Fundado por Rodrigo Terron (NewHack) e Paulo Braga (ex-Wayra, Grupo Boticário e Eurofarma), o fundo pretende alocar R$ 40 milhões em até 30 startups em estágio pré-seed, com aportes individuais que podem chegar a R$ 800 mil, cobrindo até 70% das respectivas rodadas.

O movimento busca preencher uma lacuna estratégica de capital institucionalizado nas fases mais embrionárias das startups. Em um cenário em que a liquidez se tornou um fator decisivo, a Entrypoint aposta em saídas rápidas — os chamados early exits — como mecanismo de retorno mais ágil. Nos Estados Unidos, cerca de 20% das startups alcançam liquidez via IPOs; no Brasil, o caminho predominante ainda é o M&A. A estratégia da Entrypoint reflete essa realidade, com foco em retornos antecipados que viabilizem reinvestimentos em ciclos curtos.

A estrutura jurídica do fundo está sendo finalizada em Delaware, o que indica ambições de captação e operação internacional. O pipeline já mostra tração: nos últimos seis meses, foram analisadas mais de 200 startups, e três aportes estão em fase de fechamento. A proposta também inclui a criação de uma comunidade de fundadores, promovendo trocas entre investidas e acesso direto a conhecimento prático, um diferencial relevante frente a estruturas tradicionais de investimento passivo.

Para um mercado que movimentou US$ 1,85 bilhão em venture capital no Brasil em 2023 — uma queda de 54% em relação ao ano anterior, segundo a Sling Hub — iniciativas como a Entrypoint indicam um novo ciclo baseado em foco, seletividade e resultados. O modelo aponta para uma tendência emergente: menos glamour, mais eficiência.

Gustavo Fleming Martins

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