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Amazon ajusta comissões e adota modelo mais agressivo de remuneração por performance

Com uma força de trabalho que ultrapassa 1,52 milhão de pessoas, a Amazon iniciou uma reestruturação no modelo de comissões que deve afetar diretamente a remuneração variável de seus colaboradores. A nova política introduz o conceito de Overall Value, métrica que agrupa os funcionários em cinco categorias de performance, com impacto direto sobre o bônus e o TCT (Total Compensation Target). O objetivo declarado é diferenciar com maior clareza os níveis de contribuição individual — em uma lógica cada vez mais comum entre as big techs.

No topo da hierarquia, os funcionários classificados como Top Tier por quatro anos consecutivos passam a receber 110% da sua faixa salarial, superando o teto anterior da companhia. Já os recém-chegados ao topo, com primeira avaliação “Top Tier”, verão uma remuneração de 70% do teto salarial, queda frente aos 80% pagos em 2024. Para os níveis intermediários de “Highly Valued”, os bônus vão de 10% a 50%, uma redução significativa em relação aos até 70% pagos no ciclo anterior. A base da pirâmide, classificada como Least Effective, verá seu pacote de remuneração variável severamente impactado ou mesmo eliminado.

A fórmula do TCT permanece estruturada como: Salário Base + Salário Variável (comissões e bônus por atingimento de metas). O que muda, no entanto, é o critério para acesso aos percentuais de bonificação, agora mais atrelado à classificação anual de desempenho.

O movimento segue uma tendência adotada por outras gigantes do setor. O Google, por exemplo, já havia reduzido bônus e pacotes de ações para funcionários mal avaliados. A Microsoft apertou suas políticas internas de avaliação de performance, e a Meta optou por encerrar os contratos dos profissionais com as piores notas em suas análises. No caso da Amazon, a escala e capilaridade da operação tornam o impacto da medida ainda mais sensível, dado o tamanho da base de funcionários — quase 17 vezes maior que o efetivo da Alphabet (cerca de 180 mil), e mais de 20 vezes o da Meta (~70 mil).

Com uma base de custos significativa e crescente pressão por eficiência operacional, a Amazon alinha sua política de remuneração à busca por maior produtividade individual. O novo modelo coloca pressão sobre a gestão de desempenho em larga escala e pode redefinir a lógica de meritocracia corporativa dentro da companhia nos próximos ciclos.

Gustavo Fleming Martins

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