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Startups de elite aceleram corrida bilionária pelo escudo Golden Dome

O cenário de defesa global ganhou novos contornos após o desempenho do Domo de Ferro de Israel. Os Estados Unidos agora desenham o próprio sistema de proteção, o Golden Dome, e a corrida para desenvolvê-lo movimenta cifras expressivas e protagonistas de peso do Vale do Silício. A proposta envolve uma joint venture inédita entre SpaceX, Palantir e Anduril, com potencial para redesenhar o modelo de contratos militares.

A SpaceX lideraria a construção de uma constelação com até 1.000 satélites de defesa, enquanto a Palantir desenvolveria o software de controle e análise de dados do sistema. A Anduril seria responsável pelos mísseis inteligentes de interceptação. O projeto, estimado inicialmente em US$ 27 bilhões, propõe uma mudança estrutural: em vez de adquirir ativos físicos, o Departamento de Defesa (DoD) passaria a assinar o serviço de proteção, replicando um modelo as a service no setor militar.

Esse valor representa cerca de 7% do orçamento total de defesa para os próximos dois a três anos, um orçamento que, no geral, ultrapassa US$ 150 bilhões em novas destinações. Os outros US$ 123 bilhões previstos para o período incluem US$ 29 bilhões para construção naval, US$ 20 bilhões para munições, US$ 14 bilhões para armamentos nucleares, US$ 14 bilhões para inovação tecnológica, US$ 13 bilhões para programas de prontidão operacional, US$ 11 bilhões para superioridade aérea, US$ 9 bilhões para qualidade de vida de tropas, US$ 6 bilhões para fortalecimento no Pacífico, US$ 5 bilhões para segurança de fronteiras e US$ 700 milhões para auditorias.

O movimento reforça a expansão do papel de empresas privadas em áreas tradicionalmente dominadas por setores públicos. A SpaceX, por exemplo, consolidou sua influência ao contribuir com US$ 8 bilhões nos lucros do Google no primeiro trimestre, fruto de um investimento de US$ 1 bilhão feito em 2015 que garantiu 10% de participação. A aposta na diversificação tecnológica e em novos modelos de contrato público-privado marca uma nova fase para o setor de defesa dos EUA e amplia o protagonismo das startups na geopolítica de segurança global.

Gustavo Fleming Martins

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